Igreja de São Pedro de Rubiães

A igreja de São Pedro de Rubiães, provavelmente construída no início do século XIII, sofreu várias alterações ao longo do tempo. Para além da torre sineira que lhe foi adossada no século XVII, já no século anterior se considerara a igreja demasiado pequena e se procedera à sua ampliação, o que implicara a deslocação para leste da capela-mor. No século XIX, foi necessário refazer o tímpano do portal principal – uma fraca reconstituição de uma das poucas representações de Cristo em Majestade que nos deixou o românico português. No restauro do dintel, parece ter falhado também a transcrição da data que inicialmente ali teria estado – e que se julga ter sido MCCXL (ou seja, 1202 no calendário juliano), em vez do «MCCVC» que hoje ali podemos observar.
Apesar destes percalços, a igreja de São Pedro de Rubiães continua merecedora de uma visita. Desde logo, pelas colunas-estátuas que se erguem no portal principal, à semelhança do que acontece em São Salvador de Bravães. Trata-se de uma representação da Natividade, com o Arcanjo Gabriel de um dos lados, com as asas infelizmente partidas, e a Virgem Maria do outro, erguendo as mãos em palma. São igualmente dignos de atenção os cachorros primitivos, poupados a ampliações e reformas, de carácter popular e humorístico.
Pormenor interessante: o marco miliário utilizado como sarcófago na Idade Média, que se encontra exposto no jardim circundante.
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